Os indícios são fortes para projetar uma divisão na direita da Paraíba – ou extrema-direita, como alguns preferem classificar – na eleição do próximo ano. A cada dia ganha força dentro do PL a pré-candidatura do médico Marcelo Queiroga a prefeito de João Pessoa, com a anuência da Executiva nacional do partido. Em recente entrevista, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto (foto), disse que a escolha do nome para a disputa na capital paraibana será do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ocorre que Bolsonaro já disse, publicamente, que seu ex-ministro da Saúde tem o apoio do PL para a demanda eleitoral. A declaração é, como se diz no dito popular, um ‘banho de água fria’ nas pretensões do autointitulado ‘triunvirato’, formado pelos deputados Cabo Gilberto e Wallber Virgulino, e pelo radialista Nilvan Ferreira – eles se colocam como pré-candidatos a prefeito e defendem que a escolha do nome, por meio de pesquisa, seja feita dentre eles. O trio já afirmou que não aceitará uma candidatura imposta e admite a possibilidade de deixar o PL.
Uma constatação fácil
É difícil afirmar, categoricamente, que Cabo Gilberto, Wallber Virgulino e Nilvan Ferreira irão deixar o PL, em protesto pela iminente escolha de Marcelo Queiroga como candidato do PL na capital paraibana. Porém, é fácil chegar a uma constatação: eles terão imensa dificuldade de conseguir um partido com força e musculatura suficientes para fazer uma disputa dessa magnitude. Nem o pequeno Patriotas, antiga legenda de Virgulino, aceita acolhê-los.
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