A ascensão do médico Marcelo Queiroga (na foto, ao lado de Bolsonaro) à presidência do diretório do PL de João Pessoa, na sexta-feira (22), corrobora, de uma vez por todas, que ele será o candidato a prefeito do partido no próximo ano. Quanto a isso, não existe mais nenhuma controvérsia possível.
“O presidente Bolsonaro escalou um titular do seu time”, disse Queiroga ao ser confirmado, oficialmente, como presidente do diretório municipal. “É natural que o comando passe para quem foi escolhido [pela direção nacional], é autonomia para a gente construir a base, os alicerces dessa pré-candidatura”, explicou.
‘Prego batido, ponta virada’
Não é surpresa, para quem acompanha essa pauta em particular, a consolidação de Marcelo Queiroga como o nome do PL para a disputa na capital paraibana. Para estes, isso já era ‘prego batido, ponta virada’ desde a fala de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, no dia 6 passado: “O martelo já foi batido, com o pré-candidato Marcelo Queiroga, ele é o candidato do presidente Bolsonaro. Esse assunto está liquidado e Bolsonaro vai entrar firme na campanha em João Pessoa”, enfatizou.
A narrativa do autointitulado ‘triunvirato’, segundo a qual a decisão final sobre a candidatura do partido estaria em aberto, está, portanto, sepultada. Os deputados Cabo Gilberto Silva e Wallber Virgulino, assim como o radialista Nilvan Ferreira, terão, agora, duas opções: apoiar a pré-candidatura de Queiroga para fortalecer a ideia de que a direita na Paraíba está unida por um objetivo político, ou formar chapa majoritária em outra legenda, dividindo os votos dos conservadores na capital.
Para ‘chamar de seu’
O problema do ‘triunvirato’ é: às portas do fim do segundo semestre, seus membros não têm um partido com musculatura política, recursos financeiros robustos e significativo tempo de rádio e TV para ‘chamar de seu’. O União Brasil até fez acenos a eles no mês passado, mas a reação contrária de membros do partido, entre os quais o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, que é vice-presidente estadual, e o deputado estadual Taciano Diniz, esfriaram as negociações. Até o modesto Patriota, partido sem representatividade na ALPB, já fechou as portas para eles – lembrando que Wallber Virgulino já foi presidente estadual do Patriotas, antes de migrar para o PL.
“O jogo de 2026 já começa a ser jogado em 2024”, afirma Marcelo Queiroga, em referência à importância da eleição municipal para o próximo pleito presidencial e de governos estaduais. Para ele, o bom desempenho do PL em 2024, sobretudo nas capitais, será fundamental para fortalecer a candidatura presidencial do partido, em 2026.
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