Desemprego na faixa de 7%, inflação (2023) 4,75% – com expectativa de queda -, taxa SELIC em redução gradual; dólar com variações mínimas (valor ainda alto) e Bolsa de Valores operando com 127 mil pontos.
A economia do País passa por um processo de estabilidade, com perspectiva de crescimento real, dependendo doravante apenas do Governo e sua imprescindível contribuição, que se limita em cortar gastos públicos perdulários populistas e eleitoreiros. Desativar 16 ministérios, continuar o processo de privatizações das estatais, atrair o grande capital internacional para investir em parcerias público/privadas nas obras de infraestrutura, é o único caminho para que o Brasil volte a crescer, se Lula tiver a maturidade de optar por mais Brasil, menos PT.
Para se alcançar este patamar políticos responsáveis, verdadeiros patriotas, tiveram a coragem de enfrentar um desgaste colossal ao “desmontar” o que ainda restava da era Vargas. Um Estado gigante, banqueiro, patrão, empregador, investidor e criador de bolsões de pobrezas, com programas sociais que eternizaram a indigência.
O ex-presidente Michel Temer, quando substituiu Dilma Rousseff impedida de continuar governando a Nação, se deparou cum um PIB negativo de 6%. Entre 2011 e 2016 perdemos toda nossa poupança – capacidade de investimento – empobrecendo nossa economia em 6%. A Petrobras havia se tornado a empresa mais endividada do mundo. Fundos de Pensões das estatais foram saqueados – algo em torno de um trilhão de reais – sugados pela corrupção generalizada. O crédito – regulador da dilatação do mercado – encolheu. Estávamos no mesmo patamar da Argentina. Calotes para todos os lados, inclusive até na própria ONU. Por quatro anos, o Brasil não pagava sua quota.
O ex-presidente do Banco Central do período Lula, Henrique Meirelles, o mais longevo na função – forte adversário do PT – havia trabalhado e investido na campanha contra a eleição do sindicalista em 2002, curiosamente foi o escolhido por Lula para presidir o Banco Central por oito anos. Meirelles, consultor e porta-voz dos grandes investidores, desfrutava de credibilidade. Respeitado frequentador da “Corte” Bill Clinton.
Para trazer o País à realidade econômica da globalização, só com reformas profundas, através de leis aprovadas pelo Congresso Nacional. Lei do “Teto de Gastos”, governanças das estatais; proibição de concursos públicos por dez anos; “despetização” do governo, com a exoneração de dezenas de milhares de ASPONES; reforma da Previdência; trabalhista; e tentativa frustrada de privatização do Banco Central…
O remédio amargo foi eficiente para tirar o País do estado de coma, acometido pela septicemia da corrupção generalizada.
Ninguém topava a relatoria da Reforma Trabalhista. Só o então deputado federal do PSDB/RN, Rogério Marinho, herdeiro da genética legalista conservadora de seu avô Djalma Marinho. Aceitou o desafio. Limitou o excesso de direitos dos trabalhadores, exigindo deveres correspondentes. Flexibilizou a contratação do emprego, valorizou a hora trabalhada, criou oportunidade para a gigante expansão das MEI e sepultou o Imposto Sindical, suprimindo bilhões de reais destinados à militância política, modelo “Peronista”.
Reduziu drasticamente a economia informal, marginalizada, esculpindo neste grande contingente de empreendedores uma nova feição. Surgiu o Micro Empresário, que abandonou a sonegação, clandestinidade, e se tornou empregador.
O deputado Rogério Marinho pagou um preço alto pela sua posição reformista. No Rio Grande do Norte, em seus 173 municípios, havia outdoors espalhados em todos os pontos estratégicos – inclusive nas rodovias – acusando-o de traidor, inimigo do trabalhador e defensor do “Patronato”. O que restava no caixa do imposto sindical foi investido para derrotá-lo. Não se reelegeu em 2018.
O presidente eleito Jair Bolsonaro, valorizando a “Meritocracia”, o escolheu como Ministro de Estado e seu conselheiro. Rogério Marinho o levou a concluir a Transposição das Águas do Rio São Francisco. Enfrentou a resistência das ideologias anacrônicas, bateu de frente com Paulo Guedes, mostrando-lhes que o projeto da Nação era uma árdua tarefa de reconstrução. O RN que lhes negou reeleição para a Câmara dos Deputados, o elegeu Senador da República, sonho que seu avô não realizou.
Reforma da Previdência, Independência do Banco Central, privatização das estatais, foram legados do governo Bolsonaro.
Adicionados às conquistas de Temer, Lula não tem o que fazer, senão dar sequência a este projeto “Brasil do Futuro”. Michel Temer, Henrique Meirelles, Rogério Marinho e Jair Bolsonaro terão seu reconhecimento na história, destacados como os valentes guerreiros que salvaram o Brasil do “Armagedon” econômico, que nos levaria à destruição total de um país continental.
Por Júnior Gurgel