As primeiras câmeras de filmagem 35mm marcaram o início da era cinematográfica no final do século XIX. Desenvolvidas por inventores como Thomas Edison e os irmãos Lumière, essas câmeras foram muito importantes para o nascimento do cinema como o conhecemos hoje.
A câmera cinematográfica de 35mm foi popularizada pelos irmãos Lumière com a criação do cinematógrafo em 1895. Esta invenção foi um avanço significativo em relação ao cinetoscópio de Thomas Edison, que permitia que apenas uma pessoa visualizasse as imagens em movimento. O cinematógrafo não só filmava como também projetava filmes, permitindo exibições públicas.
Nos primórdios do cinema, os operadores de câmera eram frequentemente os próprios inventores ou técnicos especializados. Auguste e Louis Lumière, por exemplo, filmaram muitos dos primeiros filmes exibidos em público. Com o passar do tempo, o papel do operador de câmera tornou-se mais especializado, e esses profissionais passaram a ser conhecidos como cinematografistas ou diretores de fotografia.
O processo de filmagem com as primeiras câmeras de 35mm era meticuloso e exigia grande habilidade. Aqui está uma visão geral do processo:
Carregamento da Câmera: Antes de iniciar as filmagens, o operador precisava carregar a câmera com o filme de 35mm. O filme vinha em rolos que eram colocados no compartimento de alimentação da câmera. Este processo tinha que ser feito em um ambiente escuro ou utilizando um saco de troca para evitar a exposição à luz, o que poderia estragar o filme.
Filmagem: Durante a filmagem, o operador manuseava a manivela da câmera para mover o filme através do mecanismo de transporte. Este movimento intermitente permitia a exposição quadro a quadro do filme, criando a ilusão de movimento quando projetado em velocidade normal.
Retirada do Filme: Após a filmagem, o filme exposto precisava ser retirado da câmera com o mesmo cuidado para evitar a exposição à luz. Este filme então era colocado em um rolo receptor.
Revelação do Filme: O filme exposto era enviado para um laboratório onde passava por um processo químico de revelação. Este processo transformava as imagens latentes no filme em imagens visíveis. Após a revelação, o filme era cortado e montado, se necessário, para criar a sequência final.
As pioneiras câmeras de 35mm abriram as portas para um mundo repleto de histórias visuais, transformando sonhos em fotogramas e movendo corações com cada sequência capturada. Operadores talentosos, como mágicos modernos, manobravam essas maravilhas mecânicas, tecendo imagens que saltavam da película para deslumbrar plateias ao redor do globo. Assim, nascia uma nova era, onde a arte de contar histórias transcendeu a palavra escrita, inaugurando o cinema como conhecemos hoje e plantando as sementes do que viria a ser uma das maiores expressões culturais da humanidade.
Por Hermano Araruna