As pesquisas eleitorais da pré-campanha para as eleições municipais de 2024 são cada dia mais intensas na medida em que o pleito se avizinha, com sua ampla divulgação por diversos institutos e veículos de comunicação. Contudo, é importante saber que as pesquisas que têm mais veracidade e efeito sobre o desempenho que o pré-candidato terá na campanha eleitoral são as qualitativas, ou “qualis” como são conhecidas no Marketing Político.
Durante às eleições, as pesquisas mais comentadas são as quantitativas, pois são aquelas que demonstram os indicadores de quem está na frente na corrida pelos cargos públicos e quais são os melhores candidatos, por exemplo. Porém, pouco se fala na importância da realização das pesquisas qualitativas para montagem de estratégias durante o período que antecede o pleito. Essa forma de pesquisa tem como objetivo aferir de maneira mais subjetiva as tendências de voto do eleitorado.
Para o publicitário Lucas Salles, da agência 9ideia, uma das pioneiras na Paraíba, que realiza campanhas eleitorais há mais de 30 anos, “a pesquisa qualitativa levanta atributos dos pré-candidatos e as percepções dos eleitores e a partir daí entra em cena o papel decisivo do profissional especializado para fazer a interpretação da intertextualidade, das entrelinhas dessas informações, construindo a estratégia certa para o candidato. É sempre a pesquisa qualitativa que vai trazer esse norte. Para isso, ela considera dados não mensuráveis como sentimentos, sensações, pensamentos, intenções, comportamentos passados, entendimento de razões, significados e motivações”.
Lucas Salles também explica que “as pesquisas qualitativas geralmente são feitas a partir de questionários semiestruturados e da criação de grupos focais ou de discussão. Esse tipo de pesquisa permite que o político se aproxime do seu público-alvo, já que ele passa a conhecer as tendências e os significados do pensamento do seu eleitorado”.