Na quinta-feira (14), o entrevistado especial do programa Pânico, da Jovem Pan, foi o ex-ministro da Saúde – e pré-candidato a prefeito de João Pessoa –, o médico Marcelo Queiroga. Interpelado por Emílio Surita e seus companheiros, Queiroga demonstrou descontração e foi muito seguro e direto em suas respostas sobre pandemia, vacinação, SUS e política.
O ex-ministro fez referência especial ao processo de enfrentamento à pandemia durante à sua gestão no Ministério da Saúde, apresentando dados que corroboram o êxito da campanha de imunização. “Assumi em 23 de março de 2021, quando ocorriam 3.600 óbitos por dia, era o pior momento pandemia. Já em 23 de maio de 2022, encerramos a emergência em saúde pública decorrente da Covid-19 no país, um ano anos da Organização Mundial de Saúde. Nossa campanha de vacinação foi uma das mais bem sucedidas do mundo”, disse. E acrescentou: “Pegamos a bola no meio-campo, olhamos os jogadores, e tocamos, preferencialmente, para a direita, para que pudéssemos resolver essa situação da emergência”, afirmou o ex-ministro, usando como metáfora o meio futebolístico para dizer que a equipe do governo Bolsonaro venceu a batalha com a pandemia.
Salto quantitativo e qualitativo
Queiroga fez menção ao salto quantitativo e qualitativo que a campanha de vacinação teve quando ele assumiu a pasta de saúde: “Eram 300 mil doses aplicadas por dia. Na primeira entrevista coletiva, eu disse: ‘até o final de março vamos aplicar 1 milhão de doses’. Assumimos o governo com metas e cumprimos as metas, ao contrário daqueles governos que não tinham metas e ainda diziam que iam dobrar a meta”, disse.
Ele citou ainda outros dados que mostraram o êxito do trabalho para criar uma estrutura sólida de enfrentamento à pandemia: “Eram 23 mil leitos [quando ele assumiu] e nos ampliamos para 46 mil leitos no pico da pandemia. E deixamos um legado de 7 mil leitos de terapia intensiva pandemia no SUS”.
“Governo disruptivo, contra o establishment”
O ex-ministro fez menção à polarização política que se fez com o surgimento da pandemia, estabelecendo uma distinção entre o que ocorreu no mundo e no Brasil. “A pandemia foi politizada em todo o mundo, mas no Brasil isso foi muito intenso, porque o governo do presidente Bolsonaro era um governo disruptivo, contra o establishment. Ele não aceitou essa receita de bolo que se preparou em nível mundial para aplicar aqui no Brasil. E ele estava certo. Veja agora: dados IBGE mostraram que o governo Bolsonaro tirou 16 milhões de brasileiros da linha de pobreza, entre 2020 e 2021. Ao contrário do que disse o PT na campanha, que havia 30 milhões de pessoas morrendo de fome”, rebateu.
Pré-candidatura a prefeito
Marcelo Queiroga disse que sua pré-candidatura a prefeito de João Pessoa foi uma escolha do PL nacional e do próprio Bolsonaro. E afirmou que ele, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, e o senador Rogério Marinho são “a tropa de choque de Bolsonaro no Nordeste”. Machado é pré-candidato a prefeito de Recife (PE). “Vamos fortalecer o PL no Nordeste, que é uma legenda muito forte”, afirmou.
Veja a entrevista na íntegra