O PT deve começar as análises para a distribuição do fundo eleitoral em março. Fontes da legenda que estão na articulação das eleições dizem que a expectativa é que os maiores valores sejam destinados para capitais e cidades com mais de 100 mil habitantes. A definição deve sair até abril.
Integrantes da alta cúpula do PT aguardam a finalização de um levantamento feito pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), uma equipe interna do partido, sobre possibilidades de candidaturas e alianças — principalmente em cidades de 100 mil habitantes — e as definições dos candidatos nas principais capitais.
O fundo eleitoral para financiamento das eleições municipais terá valor de R$ 4,9 bilhões, mais do que o dobro do montante disponível para o pleito de 2020. O PT terá o segundo maior valor do fundo, atrás apenas do PL. Ambos partidos se uniram na votação do orçamento, em dezembro de 2023, para apoiar o “fundão bilionário”.
Além das discussões internas, o partido ainda aguarda as festividades de 44 anos da legenda para se debruçar sobre a distribuição dos recursos.
Se, em 2020, a opção do PT foi ter o maior número de candidaturas possíveis, agora a prioridade é derrotar o bolsonarismo com a chamada “frente ampla”, priorizando alianças em locais onde nomes fora da legenda tenham chances de vitória.
É o caso de São Paulo. O PT optou por filiar novamente Marta Suplicy na sexta-feira (2). Ela será a vice na chapa do pré-candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).
As análises para formação das chapas ainda envolvem a Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV. Criada em 2022 para o pleito presidencial, essa é a primeira eleição municipal com os partidos federados.
A federação vai criar comissões municipais para discutir as alianças nas eleições de outubro. Na quinta-feira (1º), a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos (PCdoB), assumiu a presidência da federação.