Em nota divulgada nesta quinta-feira (18) o Sindicato do Jornalistas da Paraíba, com subscrição da Federação Nacional, repudiou o tratamento dado pelo governador João Azevedo aos funcionários da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), comandada atualmente pelo secretário Nonato Bandeira. Conforme o protesto divulgado, os paraibanos têm os piores salários do Brasil, em relação aos vencimentos de jornalistas que trabalham para os governos dos Estados.
Confira a nota abaixo:
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba repudia, numa semana em que o Governo da Paraíba faz alarde sobre um reajuste dado aos servidores estaduais, o tratamento dado pelo Estado da Paraíba ao pessoal que atua na Comunicação oficial. Embora muitas tratativas tenham sido iniciadas e inúmeras cobranças feitas em relação à imperiosa necessidade de um Plano de Cargos, Carreira e Salários, o grupo DPS 1600 – Divulgação e Promoção Social do Governo do Estado continua sendo sistematicamente ignorado.
Lembramos que a última reformulação do grupo DPS 1600 foi feita pelo governador Cássio Cunha Lima 15 anos atrás (2008), havendo uma melhora substancial nos valores dos salários dos jornalistas que pertencem a este grupo.
Por causa da defasagem acumulada, quando feito um comparativo nacional em relação aos vencimentos de jornalistas que trabalham para os governos dos Estados, os paraibanos têm os piores salários do Brasil.
Em uma contradição atual, os jornalistas que vão tomar posse depois de oficializado o concurso promovido pela Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), mesmo sem tempo de serviço, terão salários muito acima dos recebidos pelos integrantes do Grupo DPS – 1600, quando muitos tem cerca de 20, 25, 30 e até 35 anos de trabalho na profissão, servindo a cada Governador que ocupou ou ocupa hierarquicamente o maior posto alcançado por um político, que em sua grande maioria não prestigia a imprensa oficial que produz matérias todos os dias enaltecendo as “qualidades” de cada inquilino que ocupa o Palácio do Governo do Estado da Paraíba.
Lamentamos que a Associação Paraibana de Imprensa não aja para influenciar e melhorar os salários dos jornalistas do Estado da Paraíba. Geralmente, como acontece, quase sempre, os seus presidentes são jornalistas e ocupam cargos importantes na esfera da máquina estadual.
O atual presidente da API é simplesmente assessor direto do presidente da Assembleia Legislativa e embora tenha sido cobrado para intermediar o diálogo com o chefe do poder legislativo e com o governo do Estado, ajudando a ressaltar as reivindicações dos Jornalistas que pertencem ao quadro do Governo do Estado, não colaborou com a criação deste canal de negociação.
Mais uma vez o Governador fecha os olhos para as antigas reivindicações dos profissionais da imprensa oficial, mostrando como sempre tratou a classe.
Novamente, esses profissionais são esquecidos em momentos de aumento salarial. Basta olhar o piso que o Estado paga a cada um dos Jornalistas do quadro DPS – 1600.
Mais uma vez repetimos: são mais de 15 anos de esquecimento para com essa honrosa classe. Basta, Governador!
A categoria DPS 1600 tem suas reinvindicações silenciadas a cada ano, enquanto outros segmentos do funcionalismo são atendido. E, infelizmente, o que o Governo da Paraíba oferece a quem faz a comunicação do Estado é um salário irrisório.
Ainda comparativamente, um policial militar em início de carreira ganha três vezes mais que um jornalista com graduação acadêmica. Respeitamos os companheiros da PM que desempenham um trabalho indispensável para nossa sociedade, mas ponderamos que os jornalistas também têm direito a um salário digno.
Governador, basta de ignorar uma categoria que também é importante e que dá visibilidade aos atos do Governo enquanto é sufocada com vencimentos vergonhosos.
A DIRETORIA
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