Não há uma razão lógica para que as pessoas considerem agosto como ‘o mês do desgosto’. A ideia de que neste mês coisas ruins e de mau agouro ocorrem é, portanto, pura superstição. Talvez, alguns acontecimentos ocorridos em agosto tenham potencializado essa crença, entre os quais o ataque a Hiroshima com a bomba atômica e, no Brasil, o suicídio de Getúlio Vargas e a renúncia de Jânio Quadros. Voltando à nossa realidade atual, nos reportemos ao que poderá ocorrer a muita gente investigada pela CPMI do 8 de Janeiro, que apura a tentativa de golpe no país, no início do ano. A relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), declarou que na próxima semana, quando agosto se inicia, haverá “dias absolutamente intensos” na CPMI – a próxima reunião será já no primeiro dia do mês de agosto. “No período de recesso, recebemos um volume muito grande de documentos sigilosos, que vão respaldar tanto as oitivas quanto a apresentação de requerimentos para novas quebras de sigilo. Nas próximas semanas, teremos reconvocações e acareações, de forma que possamos chegar aos autores intelectuais e aos financiados do 8 de Janeiro, um ato terrível contra a democracia brasileira”, disse.
Quem será reconvocado?
A senadora Eliziane Gama não citou quais as testemunhas ou investigados que serão reconvocados ou submetidos a acareação, em agosto. Mas é possível antever quem poderá ser submetido a nova oitiva pelos nomes já ouvidos pela comissão: Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal; e o coronel do Exército, Jean Lawand Junior.
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